Era uma vez um menino que nasceu na Maternidade-Escola, no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Órfão de mãe aos dois anos de idade, foi adotado por um casal de coração gigante: Lília e Josino, mais conhecido como Zino. Eles o levaram para uma cidadezinha no Sul de Minas Gerais chamada Três Pontas.
Ali, em meio às montanhas, ao silêncio das tardes e às melodias que ecoavam pelas janelas, nascia não apenas o artista, mas o mito. Aquele menino cresceria para ser chamado por Elis Regina de “a voz de Deus”. Sim, estamos falando de Milton Nascimento, o Bituca, um dos maiores nomes da música brasileira — e, por que não dizer, mundial.
Apesar de sua origem carioca, Milton carrega Minas Gerais na alma, no canto e até no nome. Mas o que poucos sabiam até recentemente eram os detalhes de suas raízes biológicas, da mulher que lhe deu a vida, e da família que corre em suas veias antes mesmo de Três Pontas acolhê-lo com tanto amor.
É justamente essa lacuna que o livro “De Onde Vem Essa Força”, lançado pela Editora Letramento, se propõe a preencher. Fruto de mais de duas décadas de pesquisa, a obra é escrita por Vilma Nascimento — prima de primeiro grau de Milton — em parceria com os jornalistas e pesquisadores Jary Cardoso e João Marcos Veiga.
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Neste mergulho profundo e comovente, o leitor conhece as mulheres que moldaram a origem de Milton Nascimento — especialmente as muitas Marias que ele tantas vezes cantou em suas canções.
A começar por Maria Antônia, a Vó Maria: nascida em 1900, em Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, ela foi roceira, parteira, rezadeira e empregada doméstica. Uma mulher forte, feita de terra, fé e resistência. Ao lado dela, surge a figura de Maria do Carmo, ou simplesmente Carminha, mãe biológica de Milton. Nascida em 1918, também em Lima Duarte, Carminha era a primogênita da família, de olhar marcante, pele preta, cabelos castanhos e uma trajetória breve, interrompida pela tuberculose aos 26 anos, em Juiz de Fora.
Durante as celebrações pelos 80 anos de Milton, uma imagem ganhou o Brasil e o mundo: o retrato emocionante de sua mãe biológica, eternizada em uma das raras fotos descobertas durante as pesquisas do livro. Um olhar que parecia atravessar o tempo para reencontrar o filho que ela deixou tão cedo.
“De Onde Vem Essa Força” não é apenas uma biografia. É uma costura poética entre passado e presente, entre raízes e flores, entre dor e reinvenção. O livro narra a trajetória da família Nascimento, desde os tempos difíceis em Lima Duarte e Juiz de Fora até os encontros repletos de afeto, já com o Milton adulto, ao lado de amigos como Gonzaguinha e Joyce, em feijoadas memoráveis com suas tias biológicas.
Uma dessas cenas, por exemplo, mostra um Bituca ainda menino, tocando sanfona em uma viagem de trem com sua tia Ercília. Outra, já nos anos 1970, o traz à casa da tia Jandira, em Juiz de Fora, durante um festival de MPB, reunindo a música, a comida e o carinho de suas origens em uma tarde inesquecível.
A canção “Raça”, feita em parceria com Fernando Brant, pergunta: “De onde vem a força, a magia que ilumina a casa escura?” — e a resposta, como mostra este livro, está nas vozes ancestrais, no colo das mulheres que criaram, nos gestos de afeto dos que adotaram, nas raízes que o tempo nunca apagou.
Se você admira Milton Nascimento, ama histórias de vida e acredita no poder da ancestralidade, esse livro é leitura obrigatória.
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